A LÍNGUA
by: arthenyoprof@gmail.com
A língua pode ser doce como à falada,
sonhada e defendida pelo poeta romântico,
que no auge do romantismo preconiza,
irradia em seu cântico
a candura de quem se deleita de amor
pela criatura pretendida,
amada, querida.
A língua pode ser áspera como a do poeta maldito
que em meio ao seu ato explicito,
de ser e pensar desmedido,
ousou, falou, relutou e mesmo se exasperou.
Ao tentar reproduzir com arte a sua dor,
com o amargo traço da língua pátria mãe,
adquirida, arranhada, massacrada,
carcomida.
Ou mesmo pode ser a redenção da pureza,
da beleza e/ou da delicadeza,
que nos versos de uma canção
casados com a harmonia,
remetem com certeza
certa nostalgia.
Que tanto pode ser de encanto e desencanto,
amor e dor.
É a língua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário