sexta-feira, 30 de junho de 2017


A LÍNGUA

by: arthenyoprof@gmail.com



A língua pode ser doce como à falada,

sonhada e defendida pelo poeta romântico,

que no auge do romantismo preconiza,

irradia em seu cântico

a candura de quem se deleita de amor

pela criatura pretendida,

amada, querida.

A língua pode ser áspera como a do poeta maldito

que em meio ao seu ato explicito,

de ser e pensar desmedido,

ousou, falou, relutou e mesmo se exasperou.

Ao tentar reproduzir com arte a sua dor,

com o amargo traço da língua pátria mãe,

adquirida, arranhada, massacrada,

carcomida.

Ou mesmo pode ser a redenção da pureza,

da beleza e/ou da delicadeza,

que nos versos de uma canção

casados com a harmonia,

remetem com certeza

certa nostalgia.

Que tanto pode ser de encanto e desencanto,

amor e dor.

É a língua...

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