APOSTILA DE SOCIOLOGIA 2º ANO 1º BIMESTRE 2012
AULA 01: TOLERÂNCIA
PENSAMENTO DO DIA: A tolerância é uma espécie de sabedoria que supera o fanatismo, esse
terrível amor à verdade". André Comte-Sponville
Um breve levantamento histórico diz que a
palavra tolerância foi "parida" nos conflitos religiosos, no séc. 16,
na época das guerras religiosas entre católicos e protestantes. André Lalande (Vocabulário técnico e crítico de filosofia.
SP: M. Fontes, 1993), conta que "os
católicos acabaram por tolerar os protestantes, e reciprocamente. Depois foi
reclamada a tolerância em face de todas as religiões e de todas às
crenças". A partir do século 19, a tolerância estendeu-se ao livre
pensamento e, no século 20, passou a ser acordo internacional com intenção de
ser exercitada, através da Carta aos Direitos Humanos em 1948, também através
de algumas ONGs e de governos não totalitários. De acordo com o Aurélio e
outros tantos Dicionários de Língua Portuguesa, tolerância é o Ato ou efeito de
tolerar, de admitir, de aquiescer; Direito que se reconhece aos outros de terem
opiniões diferentes ou até diametralmente opostas às nossas...
Tolerância é uma das tantas virtudes, necessárias para elevar o ser
humano à condição de civilidade. Ela faz parte do processo de desenvolvimento
ético de indivíduos e grupos, cuja meta é levá-los a manter a "disposição
firme e constante para praticar o bem". Implica em dois sentidos. “Ser
virtuoso”, tanto pode ser um sujeito com disposição de praticar o bem, como
também pode ser "toda pessoa que domina em alto grau a técnica de uma
arte" (Dic. Aurélio: p.1465), por exemplo, ser um "virtuose na arte de tocar violino".
Na tradição da filosofia moral, a
tolerância não é exatamente considerada uma "grande virtude" ou
"virtude cardinal", tal como é a justiça,
a coragem, a prudência e a temperança
ou moderação. Contudo, ela não deve
ser posta do lado das chamadas "pequenas virtudes", como é o caso da polidez. A tolerância deve ser vista
numa posição especial, de entremeio das
virtudes, sendo mais que respeito,
polidez ou piedade.
A tolerância é exercício necessário para
se conquistar a Sabedoria, é uma virtude necessária para o exercício das coisas
pequenas do cotidiano. Nela, existe uma espécie de prontidão e atividade; "prontidão" a favor de idéias e atos de
tolerância e "atividade" contra tudo que se cerceia, reprime, oprime,
discrimina, que não respeita as diferenças humanas, sejam étnicas, culturais,
religiosas, etc. A democracia é um bom exemplo de exercício, ao mesmo tempo, de
"prontidão" e "atividade" de tolerância, ou seja, "democracia não é fraqueza. Tolerância, não é passividade", assinala
Comte-Sponville.
Quem se pretende possuir "a
verdade", ou melhor, "a certeza", termina sendo intolerante em
aceitar outros posicionamentos, se fechando a escuta de tudo que apresente
diferente ou incompreensível ao seu esquema conceitual de fala e ação. O
moralista, por exemplo, é in-tolerante
com os que possuem valores diferentes do seu; em verdade, sabemos se tratar de
um moralista quanto sofremos a imposição de seus valores, baseado em sua
“certeza moral”. O moralista carrega a ambição de impor a todos,
universalizando seus valores como certos. Enfim, "toda intolerância tende ao totalitarismo"
ATIVIDADE PROPOSTA: ¹. A
tolerância deve ter limites ou não? Justifique.
². Tente explicar o questionamento de Karl
Popper [chamado de "paradoxo da tolerância”]: "Se formos de uma tolerância absoluta, mesmo para com os
intolerantes, e se não defendermos a sociedade tolerante contra seus assaltos,
os tolerantes serão aniquilados, e com eles a tolerância".
DICAS DE LEITURA
LEIA:CAPALDI, Nicholas. Dogmatismo e Tolerância São Paulo: Edições Paulinas, 1982.
Apostila de Sociologia
I Bimestre 2º
ANO 2012 página 01
AULA 02: INVEJA - QUE SENTIMENTO SERÁ ESSE? *
PENSAMENTO DO DIA: “A vida não está amarrada com
um laço, mas ainda é um presente”. Cláudio Nunes
Dicionário Aurélio: Desgosto ou pesar pelo
bem ou felicidade de outrem - Desejo violento de possuir o bem alheio - Objeto
de inveja.
Vejamos se o Aurélio está certo... Inveja
é um dos sentimentos que pode causar as maiores dores no ser humano.
Geralmente, quando existe uma estima de algum objeto de desejo, e ainda se este
der status, a inveja se instala. (Diz-se objeto de desejo para coisas não palpáveis
também). É fruto também da comparação com as outras pessoas. Ela não existe sem
que antes o indivíduo não tenha feito comparações. É a auto-aversão por não ser
como os outros são.
É preciso contudo, diferenciar a inveja,
da busca do bem-estar. Pode se dizer que é errado trabalhar, lutar para se
conquistar o objeto de desejo? O desejo pela conquista do objeto que nos falta,
quando feito com humildade e honestidade, não é inveja.
Se uma pessoa destaca-se em alguma
atividade, por mais tola que possa parecer, o invejoso está pronto para
aparecer e apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo. Um
eletrodoméstico novo, um tênis da moda, ou mesmo um brinco bem colocado em
combinação com uma roupa extremamente comum, já se torna motivo para elogios,
nem sempre sinceros. Surge um sentimento de raiva, de ira, porque geralmente o
invejoso sente-se muito mais merecedor da conquista do que o outro. O invejoso
não agüenta ter uma outra pessoa invadindo seu território, que em sua lassidão,
deixou de ocupar, por pura incapacidade e ou inércia. O invejoso é capaz de
boicotar, de fofocar de fazer armadilhas, a fim de destruir o outro. Quer
provar, ao menos para si mesmo, que ele é melhor. Mas no seu íntimo, sente-se
menor do que os outros, aumenta, se vangloria, enaltece a si mesmo, pois dessa
forma abranda o mal-estar do desequilíbrio. Fala excessivamente bem das
próprias coisas, procurando diminuir o outro através de crítica. Não percebe
muitas vezes suas frustrações, é como se nem existissem, porque logo está de
prontidão, pronto para realizar mais um feito de diminuição, descaracterização,
burlando suas próprias angústias.
Se a surpresa diante de algo, for digna e
generosa, não há inveja destrutiva. Trata-se apenas de um incentivo, um grande
estímulo para que nos empenhemos em adquirir novas virtudes, produzir melhores
trabalhos, realizar melhores conquistas amorosas.
Talvez esse processo todo venha da
convivência no ambiente familiar, onde comparações são freqüentes, sem contar
com a sociedade, que propaga na mídia processos comparativos, entre as várias
marcas apresentadas.
A melhor solução pode estar na forma de
utilizar e de encarar a inveja, que, visualizada em termos comparativos
pessoais de evolução, do antes e depois, do ontem e do hoje, deixa de ser
inveja destrutiva para ser uma inveja de auto-estímulo. Ou seja, o padrão de
comparação deixa de ser externo e passa a ser interno.
ATIVIDADE PROPOSTA: ¹.
Defina Inveja. Justifique.
². Tente diferenciar a inveja, da busca do bem-estar.
DICAS DE LEITURA
LEIA: HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo.
Tradução Márcia de Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes, 1995.
Apostila de Sociologia
I Bimestre 2º
ANO 2012 página 02
AULA 03: É POSSÍVEL UMA SOCIEDADE JUSTA?*
PENSAMENTO
DO DIA: “Continuo
a pensar que este mundo não tem qualquer sentido superior. Mas sei que nele, se
alguma coisa tem sentido é o homem”. Albert Camus
Por meio desse texto, será possível
refletir e opinar sobre problemas que envolvem o conceito “justiça”, trazendo a
tona questões como: o que é justiça? Será que a consciência do justo é inata ou
é apreendida por meio de convenções? A busca pela justiça é sempre justa? Ao
seguir as leis, estamos necessariamente sendo justos? O que temos que levar em
conta para julgar se algo é justo ou injusto? Quem é capaz de fazer esse
julgamento? Ao analisar essas questões estaremos, ao mesmo tempo, adentrando na
problemática relacionada à possibilidade ou não de existir uma sociedade justa.
Baseando-se em alguns dos significados
presentes no dicionário digital “Aulete”, justiça significa “Situação em que
cada um recebe o que lhe cabe, como resultado de seus atos ou de acordo com os
princípios e a lei da sociedade em que vive”. Ao analisar essa interpretação,
nos deparamos com alguns problemas que merecem ser apresentados. Logo no
início, quando o mesmo salienta que justiça parte de uma situação em que cada
um recebe o que lhes cabe, leva-nos a refletir sobre as seguintes questões: que
critérios a pessoa que julgar tal ato deverá levar em conta? Existiria uma
pessoa capaz de exercer tal função sem que suas decisões venham se tornar
injustas? Seguindo o raciocínio, levando em conta agora toda resolução
apresentada, pode-se dizer que ao seguir as leis impostas pela constituição,
está-se fazendo um julgamento justo? Deve-se levar em conta apenas os
resultados dos seus atos ou a sua intenção ou até mesmo os por quês que
motivaram o sujeito a praticar determinada atitude? De que princípios o
julgamento deve partir?
O direito positivo surge como um meio de
tornar visível e prática a busca pela justiça. Porém, esse não deve ser o único
meio a ser utilizado ao buscar resolver um problema em que esse conceito está
em jogo. Para Iuskow, “(…) uma coisa não é justa porque é lei, mas sim que deve
ser lei porque é justa (1998 p. 192). A prática da justiça requer algo mais que
o simples seguimento das leis, ela requer, do ser humano, sensibilidade em
analisar os fatos, levando em conta o contexto e os motivos pelos quais resultou
um determinado acontecimento.
Ao garantir aos sujeitos a liberdade e os meios necessários para que possam desenvolver seus talentos, está-se, ao mesmo tempo, incentivando a desigualdade entre os sujeitos envolvidos. Isso decorre do fato de que há pessoas que possuem mais talentos e capacidades de progredir que outros. Por isso, pergunta-se: seria justo reprimir os talentos para poder então dispor de uma sociedade com um nível menor de desigualdade? Segundo a idéia aqui defendida, a resposta seria negativa. Nossa condição histórica e cultural não permite que as desigualdades sejam extintas. Pode-se até pensar que, pelo fato de haver pessoas com mais habilidades que outras, as injustiças e desigualdades aumentariam.
Ao garantir aos sujeitos a liberdade e os meios necessários para que possam desenvolver seus talentos, está-se, ao mesmo tempo, incentivando a desigualdade entre os sujeitos envolvidos. Isso decorre do fato de que há pessoas que possuem mais talentos e capacidades de progredir que outros. Por isso, pergunta-se: seria justo reprimir os talentos para poder então dispor de uma sociedade com um nível menor de desigualdade? Segundo a idéia aqui defendida, a resposta seria negativa. Nossa condição histórica e cultural não permite que as desigualdades sejam extintas. Pode-se até pensar que, pelo fato de haver pessoas com mais habilidades que outras, as injustiças e desigualdades aumentariam.
Portanto, somente por meio da educação
será possível romper com séculos de injustiças pelas quais atingiram milhões de
pessoas. Há várias gerações pessoas vêem sofrendo por não possuírem as
condições mínimas e necessárias para obter uma vida digna de ser vivida. Sem
emprego, educação e saúde torna-se impossível que tais pessoas venham a atingir
suas potencialidades. Nesse caso, a sociedade não lhes oferece as condições
sociais para crescer conforme seus talentos. Com isso, a educação é o principal
fator para que a sociedade venha dispor de uma ordem social justa. Todo esse
problema só será resolvido “pela educação à cidadania que leva as pessoas e
comunidade à participação política.
ATIVIDADE
PROPOSTA: ¹ É possível uma sociedade Justa? Justifique.
². Faça
uma análise crítica do artigo apresentado.
DICA DE
LEITURA:
Apostila de Sociologia
I Bimestre 2º ANO 2012 página 03
Desde a aurora dos tempos gênios, sábios, alquimistas e
conquistadores, se deparam com os saberes, seja na corrida para adquiri-los
e/ou na manutenção dos mesmos, o certo é que essa sempre foi a necessidade humana, embora isso
possa parecer audacioso, pretensioso, arrogante e presunçoso, eis que o homem
sempre quis ser detentor do saber, do conhecimento, das formas de cultura,
enfim, os saberes em sua universalidade.
A E.E.E. Profissional Profª. Marly Ferreira Martins em sua
missão como prestadora de serviços para uma comunidade heterogênea,
fundamenta-se em quatro formas de saber: aprender a conhecer [aprender],
aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver, de modo que no dia a dia
dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, propõe-se a apresentar de forma
didática, centrada em perspectivas de futuro, diferentes maneiras de nortear as
expectativas de vida dos nossos alunos. Assim sendo realiza projeções, busca
atender às necessidades e expectativas, estabelece avaliações, mas comete um
deslize [contraditório], se propõe a ser referência na comunidade de Caucaia,
no entanto, comete os mesmo equívocos das demais instituições escolares
tradicionais, avalia mal, de forma equivocada e em alguns casos excludente.
OS QUATRO
PILARES DA EDUCAÇÃO são conceitos de
fundamento da educação
baseado no Relatório para a UNESCO
da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.
No relatório editado
sob a forma do livro: "Educação: Um Tesouro a Descobrir" de 1999 [1], a discussão dos "quatro pilares" ocupa todo o
quarto capítulo, da página 89-102, onde se propõe uma educação direcionada para
os quatro tipos fundamentais de educação: aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a viver com os outros, aprender a ser, eleitos como os quatro
pilares fundamentais da educação.
O
ensino, tal como o conhecemos, debruça-se essencialmente sobre o domínio do
aprender a conhecer e, em menor escala, do aprender a fazer. Estas
aprendizagens, direcionadas para a aquisição de instrumentos de compreensão,
raciocínio e execução, não podem ser consideradas completas sem os outros
domínios da aprendizagem, muito mais complicados de explorar, devido ao seu
caráter subjetivo e dependente da própria entidade educadora.
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APRENDER A CONHECER [aprende a aprender]
Esta aprendizagem
refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência.
Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante, não só estes
processos em si, como o desejo de desenvolvê-los, a vontade de aprender, de
querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação seja encarada,
não apenas como um meio para um fim, mas também como um fim por si. Esta
motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes, sensíveis às
necessidades, dificuldades e idiossincrasias dos estudantes, capazes de lhes apresentarem metodologias adequadas, ilustradoras das matérias em estudos e
facilitadoras da retenção e compreensão das mesmas.
Pretende-se despertar
em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de aprender cada vez melhor,
ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos intelectuais e cognitivos que
lhes permitam construir as suas próprias opiniões e o seu próprio pensamento crítico.
Em vista a este objetivo,
sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do
intuitivo, porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao
estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias conclusões
e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.
APRENDER A FAZER
Indissociável do
aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer
refere-se essencialmente à formação técnico-profissional do educando. Consiste
essencialmente em aplicar, na prática,
os seus conhecimentos teóricos. Atualmente existe outro ponto essencial a focar
nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não
apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e selecionar as
torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos
bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas
próprias opiniões mediante novos fatos e informações. Aprender a fazer envolve
uma série de técnicas a serem trabalhadas. • Aprender a conhecer, combinando
uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em
profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a
aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo
de toda a vida.
APRENDER A VIVER COM OS OUTROS
Este domínio da
aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores, pois atua no
campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Se aposta na
educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo?
O relatório para
UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta baseada em dois
princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois, sendo o
desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da
diversidade humana combate diretamente este “desconhecido”. Depois e sempre, a
participação em projetos comuns que surge como veículo preferencial na diluição
de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a História
Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o
semelhante.
APRENDER A SER
Este tipo de
aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação
deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e
corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal,
espiritualidade”.
À semelhança do
aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação de valores e atitudes,
mas já não direcionados para a vida em sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento
individual.
Pretende-se formar
indivíduos autônomos, intelectualmente ativos e independentes, capazes de
estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente, de
intervirem de forma consciente e proativa na sociedade.
Fazemos parte de uma instituição escolar diferenciada, não só
porque é de tempo integral, mas porque trabalhamos nela, buscamos a excelência
no nosso modo de trabalhar a educação, então se queremos isso, precisamos rever
conceitos e atitudes, a começar pela forma de trabalho e avaliação, precisamos
modernizar as formas de avaliar, fazer diferente do tradicional, atualizar os
conceitos, desenvolver mecanismo junto a coletividade para motivá-los a
empreender nessa busca, acompanhar, avaliar constantemente para um fazer
construtivo, canalizador de ideias, transformador do que acreditamos ser o
melhor, diferente do mais cômodo.
Um dos grandes mestres das concepções modernas de AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR,
LUCKESI, alerta a todos para a seguinte observação:
“A maioria das escolas
promove exames, que não são uma prática de avaliação. O ato de examinar é
classificatório e seletivo. A avaliação, ao contrário, diagnóstica e inclusiva.
Hoje aplicamos instrumentos de qualidade duvidosa: corrigimos provas e contamos
os pontos para concluir se o aluno será aprovado ou reprovado. O processo foi
concebido para que alguns estudantes sejam incluídos e outros, excluídos. Do
ponto de vista político-pedagógico, é uma tradição antidemocrática e
autoritária, porque centrada na pessoa do professor e no sistema de ensino, não
em quem aprende”.
Os desafios deverão ser encarados por todos, alunos,
professores, funcionários e núcleo gestor, para juntos buscarmos a interação
das ações, do contrário continuaremos a pensar de uma maneira e a agir de outra.
Isso não é positivo nem atende às nossas expectativas.
Um abraço.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA:
DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir . Ed.
Cortez, São Paulo: 1999.
LUCKESI, Cipriano Carlos. AVALIAÇÃO
DA APRENDIZAGEM ESCOLAR, Ed. Cortez, São Paulo: 1999.
Wikipédia: a enciclopédia livre;