sexta-feira, 30 de junho de 2017


A MARCA

by: arthenyoprof@gmail.com



A imagem da dor

se confunde com o horror,

com o risco de está,

seja lá onde for.

O sofrer é ardente,

corrói e corrompe,

não tem herói.

Mas é possível sobrevivente,

com marcas é claro,

que arca com as consequências,

e mesmo quando não tem ciência

é você que paga,

por tudo o que viveu

ou viverá.

Então que marca será?

A de ontem ou a de amanhã?

Do escudo,

do álibi

ou mesmo de um talismã.

Oh! Imagem que eu faço de mim,

sou um nada,

já estou no fim,

mas ainda me pergunto:

qual será a minha marca?

É preciso ter uma ou muitas?

Refaço o pedido quais as minhas marcas?

São marcas de dor ou de horror?

Prefiro as de felicidade,

alegria e saudade,

de algo bom que ficou

a marca é minha,

diferente de tudo que eu tinha,

diferente da dor,

do horor,

do amor,

a marca é a minha saudade,

da mocidade,

de um tempo que  de tão rápido

evaporou.

A marca sou eu

buscando ser a cada dia

da minha insignificante existência,

um ser que pensa,

querendo ser Deus.




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