A MARCA
by: arthenyoprof@gmail.com
A imagem da dor
se confunde com o horror,
com o risco de está,
seja lá onde for.
O sofrer é ardente,
corrói e corrompe,
não tem herói.
Mas é possível sobrevivente,
com marcas é claro,
que arca com as consequências,
e mesmo quando não tem ciência
é você que paga,
por tudo o que viveu
ou viverá.
Então que marca será?
A de ontem ou a de amanhã?
Do escudo,
do álibi
ou mesmo de um talismã.
Oh! Imagem que eu faço de mim,
sou um nada,
já estou no fim,
mas ainda me pergunto:
qual será a minha marca?
É preciso ter uma ou muitas?
Refaço o pedido quais as minhas marcas?
São marcas de dor ou de horror?
Prefiro as de felicidade,
alegria e saudade,
de algo bom que ficou
a marca é minha,
diferente de tudo que eu tinha,
diferente da dor,
do horor,
do amor,
a marca é a minha saudade,
da mocidade,
de um tempo que de tão rápido
evaporou.
A marca sou eu
buscando ser a cada dia
da minha insignificante existência,
um ser que pensa,
querendo ser Deus.